sábado, 8 de março de 2014

Você é um subproduto da sua vontade ou da vontade de outros ?




O realce e a genuinidade do seu verdadeiro querer te leva quase que a um local chamado "Campos Elísios" governado por Hades como relatado na

mitologia grega, é o paraíso no mundo dos mortos, onde homens virtuosos repousavam dignamente após a morte, rodeados por paisagens verdes e

floridas, dançando e se divertindo noite e dia.

Em seu cotidiano, já paraste para analisar quantas vezes você negligencia a si próprio em detrimento de outrem independentemente da esfera de

sua vida ?

Seja na esfera familiar, econômica/material/financeira, conjugal/amorosa, transcendental/mística/religiosa/espiritual, profissional/trabalhista,

ou acadêmica, quando foi a última vez que você DE FATO realizou algo que IDEALIZOU, MENTALIZOU ou VISLUMBROU por alguns instantes.

Em todas as esferas da vida, em maior e menor graus, parece-me que prevalece o ato de se abster, privar, evitar e renunciar para atender,

satisfazer e realizar o gosto, o querer e a vontade de todos os terceiros e jamais a nossa.

O grande Pivô de tal FALÁCIA da RENÚNCIA DIÁRIA é o código. O código é aquele que estabelece padrões antes de tudo comportamentais, padrões de

conduta, psicológicos, relações, cultura, ética, educação, linguagem, vestimenta, religião, entre outros.

O emaranhado e a miríade de códigos é tão VASTA, que controla até via televisão, tanto de canais abertos, bem como de tv por assinatura.

Desta maneira a imagem do "seu EU" se torna SEMPRE EXPOSTA, visto que você mesmo não quer ser mal visto, inadequado, inadvertido, inapto,

incapaz, anti-ético, sem educação, sem comunicação, sem modos, sem religião ou sem vestimenta.

Todo indivíduo deve ser categorizado, rotulado, etiquetado ou classificado em seu meio(que também é classificado), afim de entrar em alguma

forma de padrão de modo que possa ser vigiado, monitorado e controlado pelos próprios pares e por ele mesmo.

Você TEM QUE SER, DEVE SER e TEM QUE TER alguma profissão, alguma aptidão, alguma educação, determinada cultura, determinada ética, alguma

linguagem, determinada vestimenta e determinada religião, pois sem isso você é inclassificável e sendo assim não é controlável, dominável ou

administrável, pois está FORA DA MAIORIA que é o PADRÃO, e ninguém quer se RELACIONAR ou INTERAGIR com ALGO ou ALGUÉM fora do PADRÃO.

Todos os indivíduos independentemente de nacionalidade, raça, sexo, idade, classe social ou tendências religiosas, QUEREM SER ACEITOS e RECONHECIDOS no MEIO ao qual fazem parte/frequentam, até para a MANUTENÇÃO do EXISTIR.


Assim como no pequeno trecho abaixo, retirado do texto "I am me, I am Free: The Robots' Guide to Freedom" de David Icke:

"Vá a uma rua lotada e observe as pessoas que passam. Você não está vendo o todo real e infinito delas. Você está olhando para a máscara que elas projetam para o mundo. É a máscara que elas acreditam ser aceitável para o resto dos prisioneiros, para evitarem ser ridicularizadas ou condenadas por pensarem e agirem de forma diferente às demandas da Zona Livre de Controvérsias/Embaraços.

Não ficamos com medo pelo que os presidentes, primeiros-ministros, banqueiros globais pensam a nosso respeito – é a reação de nossos amigos, família e colegas de trabalho que nos preocupa e nos amedronta para nos conformarmos. A reação dos outros escravos! A força policial mental, emocional e espiritual, que controla as massas, é formada pelas... massas. É como ter uma cela cheia de prisioneiros e quando um dos prisioneiros encontra um meio de escapar, todos os outros prisioneiros correm para bloquear a saída."

A natureza da mente humana é categorizar, selecionar, filtrar, organizar, fragmentar, poder, querer, pensar, agir, entre outros.

Sendo assim, o indivíduo se torna um subproduto dele próprio por meio de suas oportunidades e escolhas as quais na maioria das vezes são

influenciadas e persuadidas pelo meio(Ambiente em geral, Escola, Faculdade, Trabalho, Família, Academia, Boate, Shopping e é claro televisão)

onde neste meio o indivíduo está diretamente sujeito aos códigos, ou da vontade de terceiros ?

Mas por outro lado, se não houvessem os códigos ? Como seria ? Haveria ordem ou caos ? Porque até mesmo no caos há uma ORDEM IMPLÍCITA e OCULTA, a qual muitas vezes NÃO É RACIONALIZÁVEL pelo INTELECTO, mas talvez por outro meio.


Imagine-se chegar para a esposa ou marido, ente querido familiar, namorada ou namorado e afirmar que não trabalha ou até que busca novas formas de entender de onde viestes, para onde vai e porque estás aqui agora ? Imagine-se inicialmente renunciando ir trabalhar em algum dia de sua vida, ou a assistir determinado programa na TV ou a frequentar determinada religião ?

Será tudo mesmo uma OBRIGAÇÃO ? E a FALSA SENSAÇÃO DE LIVRE ARBÍTRIO que DISSERAM que TEMOS, aonde ficaria...

SEJA VOCÊ MESMO!

A.·.H.·. 

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